quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Muita Massa


Com muita Massa - É o sentido com que interpreto uma acção mais objectiva e adaptada para maior receptividade da sociedade.

Não pretendo de todo fazer qualquer julgamento ao movimento “Massa Critica” até porque consegue este ser um factor positivo da Globalização aproximando um vasto numero de pessoas a nível mundial por uma causa notável, no entanto, o período em que é realizado parece no meu entender não conseguir na cidade de Lisboa reunir suficientes intervenientes para que possa ter expressão e assim atingir objectivos desejados.


Estou certo que as pessoas que hoje participam na Massa Critica são indivíduos muito determinados na sua entrega e na acção que desempenham. Não sendo essa particularidade extensiva a uma vasta maioria que se poderiam juntar e dar maior expressão, aponto algumas considerações que poderiam motivar um impulso.

A possibilidade de se realizar algo congénere ao fim-de-semana poderia associar um maior número de participantes devido à disponibilidade horária, e roupas mais casuais tornava as pessoas mais voluntariosas à adesão.
Assim e num processo progressivo iriam descobrir que é possível andar nas vias, sem que de forma intimidada o seja, beneficiando de uma menor carga de circulação de veículos e fora de um ambiente diário mais hostil adquirindo experiência.
Em enumeras situações interioriza-se gradualmente que é possível utilizar a bicicleta como alternativa à cultura do automóvel.

Também aqui deve estar presente o existente sentido critico e interventivo no propósito de alertar a consciência colectiva que existe alternativa a um quotidiano com melhor qualidade de vida por um mais baixo custo. As pessoas tem que sentir que é possível, para além disso é praticado em outras cidades mais povoadas.

É assim que o entendo, como um processo de aprendizado e reeducação de mentalidades e aprendendo a desalojar receios. É exequível colocar as pessoas na rua andando de bicicleta
sem que tenham de tomar atitudes radicais ás suas rotinas.
Foi assim comigo, comecei circulando por trajectos urbanos ao fim de semana, até concluir que o poderia fazer diariamente. É assim que eu o entendo, embora tenha coisas nesta vida que eu não entendo muito bem…

Ah, um dia eu vou na Massa Critica, um dia eu vou porque não basta falar!

sábado, 2 de agosto de 2008

Práxis


São muito positivas as experiências venho a retirar da alteração de comportamentos adquiridos e do sossego que o automóvel lá de casa tem sofrido.
Como exemplo, cito a deslocação á barbearia no centro da cidade aonde não tive assim que embolsar o parqueamento automóvel se tivesse optado por me deslocar neste, limitando a parquear a bicicleta num sinal de trânsito que até ficava até bem visível do local da minha demora.
Tomei nesta prática conhecimento que o Fórum Almada, também possui um parqueamento interior exclusivo para bicicletas no final da ciclovia que dá acesso ao mesmo. No entanto não o voltarei a usar pelo facto de não ter qualquer tipo de vigilância, e como é conhecido pelas mesmas razões de segurança nem os motociclos aparcam em subterrâneos.
É preceptivo haver um distanciamento entre a teoria de quem equaciona e arquitecta estas infra-estruturas e a realidade da prática de quem as utiliza. São concepções muito bem intencionadas, acontece que nem nós vivemos num país de primeiro mundo, nem as pessoas estão dispostas a arriscar uma perda dos seus pertences.
No entanto reconheço gratificantemente o empenho da autarquia num projecto e meios despendidos para tornar a cidade de Almada cada vez mais ciclável.
Para terminar não posso deixar de expressar a expectativa com que aguardo o purgar do fundamento calor e transpiração com a chegada do final do verão. Certamente serão inventariadas outras teorias climatéricas e/ou psíquicas.

Foto – CP + Bicicleta.